11.07.2013
Manifestantes reivindicam prioridade
à agenda de luta da classe trabalhadora
Aproximadamente 1500 trabalhadores e trabalhadoras do Vale do Itajaí e do Norte de Santa Catarina fecharam a BR-101 na altura do trevo de acesso a Blumenau, na tarde de quinta-feira, 11 de julho. A rodovia ficou interditada durante 45 minutos, causando um congestionamento de 25 quilômetros, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal. A manifestação, organizada pelas centrais sindicais de trabalhadores, tornou visível as bandeiras de luta da classe trabalhadora, que há décadas vem reivindicando avanços na relação com os patrões, como redução de jornada para 40 horas sem redução de salário, 180 dias de licença maternidade, creches públicas e de qualidade e mais saúde e salário para quem produz a riqueza do país, entre outros direitos até hoje negados.
Os Sindicatos dos Trabalhadores de Jaraguá do Sul e Região participaram da manifestação. Um ônibus lotado saiu da cidade. Com faixas e cartazes, os manifestantes mostraram a cara, sem medo ou vergonha de exigir da classe patronal o reconhecimento dos direitos. Os trabalhadores do Vestuário levantaram a bandeira pelo fim do fator previdenciário e licença maternidade de 180 dias para todas as mães. "Nosso ato é pacífico, mas estamos aqui para lutar por melhorias para a classe trabalhadora", enfatizou o presidente do STIVestuário, Gildo Alves.
A presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Ana Roeder salientou a redução de jornada e a democratização do meios de comunicação. "O movimento sindical está nas ruas de cara limpa há muito tempo e se hoje a juventude tem algum direito adquirido, foi conquistado por nós", frisou a sindicalista. A diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Idinei Petry, criticou o governo Raimundo Colombo, que tem deixado a saúde, educação e segurança pública ao abandono. Já a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário, Helenice Vieira dos Santos, reivindicou um trabalho decente e melhorias de condições no ambiente de trabalho, que reduzam o número de doenças, mutilações e mortes.
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